Julgamento que tornou Bolsonaro réu repercute no Plenário

Em 27/03/2025
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A decisão do Supremo Tribunal Federal que, nesta quarta, acatou a denúncia contra Jair Bolsonaro, repercutiu na reunião plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira. O ex-presidente vai a julgamento por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. Coronel Alberto Feitosa, do PL, considerou a votação na Primeira Turma da suprema corte uma farsa destinada a impedir a participação de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026. Feitosa ainda criticou ministros do STF que, de acordo com ele, deveriam ser considerados suspeitos para julgar o ex-presidente, entre eles Flávio Dino, Cristiano Zanin e o relator do caso, Alexandre de Moraes.

Porque já foi pedido contra ele um impeachment, assinado pelo próprio ex-presidente Bolsonaro. Ele já fez várias declarações contra o Bolsonaro. Ele se diz, se referiu ontem, inclusive, na terceira pessoa, como vítima. Como é que você é vítima e vai julgar quem possivelmente queria atentar contra a sua vida?

Pastor Cleiton Collins, do PP, concordou com a leitura de que há uma tentativa de tirar o ex-presidente da disputa eleitoral. Para o deputado, o Governo Bolsonaro deixou um legado de honestidade e transformação no Brasil. Renato Antunes, do PL, afirmou que o julgamento se mostrou político, e não jurídico. Ele ainda defendeu que o processo deveria tramitar na primeira instância do Poder Judiciário, e não no STF.

Dani Portela, do PSOL, comemorou a decisão dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. A parlamentar considerou que o Brasil vive um marco na história da luta contra o autoritarismo, e a favor da democracia e do fortalecimento das instituições públicas. Para ela, o 8 de janeiro foi fruto de um projeto consciente de ruptura institucional e pensado por um grupo. Dani Portela também disse que, na tentativa de golpe, o ex-presidente atentou contra a soberania popular do país.

Sabemos que a democracia não é só uma palavra bonita e não se resume a um sistema político, mas é a garantia dos direitos do nosso povo, a construção contínua de um país que reduza as desigualdades. A justiça deve ser feita, justiça não se confunde com vingança, mas que um pequeno grupo fascista nunca mais tente calar a voz do nosso povo, da maioria da nossa população”.

O deputado João Paulo, do PT, comentou sobre a operação “Contra Pista”, realizada pela Polícia Civil de Pernambuco, para reprimir a violência promovida por membros de  torcidas organizadas. As investigações começaram depois do confronto entre torcedores de Santa Cruz e Sport antes do Clássico das Emoções de 1º de fevereiro. João Paulo também tratou da nova consulta pública que será realizada pela Anvisa para atualizar a regulamentação da cannabis medicinal. Um dos pontos da consulta é a autorização da venda para farmácias de manipulação.

Nós consideramos um bom avanço, haja vista que esses produtos já são comercializados nas mais diversas regiões, mas nós queremos ir mais além desse avanço.”

Diogo Moraes, do PSB, cobrou a concretização de projetos do programa PE na Estrada, destinado a melhorar as rodovias de Pernambuco. Moraes questionou a falta de um prazo para obras no Agreste Setentrional, iniciadas ainda na gestão do ex-governador Paulo Câmara.

A pesquisa ‘Mulheres em Diálogo’, realizada pelo Instituto Update e divulgada na última segunda, motivou o discurso do Pastor Cleiton Collins, do PP. Segundo ele, o estudo mostrou que 75% das mulheres rejeitam a descriminalização do aborto. Collins criticou as iniciativas voltadas a descaracterizar o aborto como crime.

João Paulo da Costa, do PCdoB, ressaltou a importância do programa Crédito do Trabalhador, do Governo Federal, que libera empréstimo consignado para empregados com carteira assinada, inclusive rurais e domésticos, e contratados CLT por microempreendedores individuais. Eu tenho certeza que vai poder beneficiar muitos trabalhadores brasileiros a poderem quitar as suas dívidas. Basicamente, o crédito do trabalhador é um novo consignado com juros muito mais baixos que os praticados no mercado.”

Presidente da Comissão de Agricultura da Alepe, o deputado Luciano Duque, do Solidariedade, enfatizou a importância do trabalho do Iterpe, o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco.  O parlamentar acredita que o órgão tem colaborado na construção de políticas para o campo mais justas e inclusivas, e também para o bom desempenho do estado no Programa Nacional de Crédito Fundiário.

Henrique Queiroz Filho, do PP, comemorou a indicação para liderar a sigla na Alepe e destacou a importância de representar a maior bancada da situação no Legislativo Estadual. O parlamentar lembrou que o líder desempenha atribuições diversas, como articular posições com  todos os membros da Casa e com o Poder Executivo, além de guiar a atuação da bancada em prol da população.