Conclusão de nova etapa da Transposição do São Francisco repercute no Plenário

Em 09/02/2022 - 14:02
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REALIDADE – “Dez anos após o lançamento do projeto, a água vai chegar, beneficiando cerca de 16 milhões de pessoas”, frisou Clarissa Tércio. Foto: Nando Chiappetta

A deputada Clarissa Tércio (PSC) e o deputado Alberto Feitosa (PSC) festejaram, em discursos na Reunião Plenária desta quarta (9), a inauguração de um trecho da obra de Transposição do Rio São Francisco em Salgueiro (Sertão Central). A entrega do Núcleo de Controle Operacional – que vai gerenciar o bombeamento da água para o Ceará, a Paraíba e o Rio Grande do Norte – foi realizada pelo presidente Jair Bolsonaro nessa terça (8).

Clarissa Tércio expressou gratidão ao governante por “tornar realidade mais uma etapa da Transposição”. “Dez anos após o lançamento do projeto, a água vai chegar à população, beneficiando cerca de 16 milhões de pessoas”, frisou. A parlamentar afirmou que o povo sabe que as gestões anteriores deveriam ter concluído a obra. “Mas, dado o grau de corrupção das administrações petistas, só um Governo equilibrado como o atual poderia dar andamento e concluir a iniciativa.” 

Ainda de acordo com a deputada, a atitude demonstra o compromisso do presidente  com o Nordeste. “Finalmente os moradores da região vão poder se livrar dos carros-pipa. Agora, cabe a governadores e prefeitos executar a parte que lhes compete para que água chegue às torneiras. O Governo Federal tem feito o que é da alçada da União, falta o governador Paulo Câmara acompanhar”, assinalou.

Na sequência, Alberto Feitosa enalteceu a Transposição do Rio São Francisco como “a maior obra hídrica do planeta”. “Ontem foi um dia muito importante para os nordestinos, que deixarão de depender de carros-pipa. A cada segundo, as bombas transportarão o equivalente a dois caminhões de água no canal. Isso trará dignidade à população.”

COMPARAÇÃO – Segundo Alberto Feitosa, “com dinheiro desviado pelo PT, seria possível construir 50 obras como essa”. Foto: Nando Chiappetta

Segundo ele, a iniciativa custou R$ 14 bilhões aos cofres públicos, enquanto os recursos desviados durante as gestões do PT chegariam a R$ 2 trilhões. “Com tal valor, seria possível construir 50 obras como essa”, ressaltou, repetindo o que disse Jair Bolsonaro no discurso de inauguração. O deputado ainda repercutiu a fala de agradecimento do presidente aos trabalhadores da Transposição.

“No início da gestão, apenas 15% do projeto tinham sido executados, mas Bolsonaro cumpriu o que prometeu e, em locais onde o racionamento era permanente, a água já começa a chegar. O Governo Federal entregou a estrutura, mas o Governo do Estado tem de construir as adutoras”, cobrou.

 

Contraponto

Em apartes, parlamentares destacaram a importância das gestões dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff para viabilizar a Transposição. “A iniciativa era estudada desde o Brasil Império, mas só em 2007 saiu do papel. Em 2017, Lula e Dilma inauguraram a obra em Monteiro, na Paraíba. Caberia mesmo aos próximos governantes dar seguimento a ela”, observou Teresa Leitão (PT).

Segundo João Paulo (PCdoB), o vice-prefeito de Salgueiro, Edilton Carvalho, reclamou que o município está há 18 dias sem água e que a verba para barragens prometida pelo ministro do Turismo, Gilson Machado, não chegou. “O milagre da Transposição foi feito por Lula, o maior presidente de todos os tempos, e Paulo Câmara está fazendo a parte que lhe cabe”, pontuou.

Em resposta ao comunista, Feitosa classificou o vice-prefeito de “ingrato”. “O milagre do PT foi desviar recursos e paralisar obras. Lula foi só o operador de um grande sistema de corrupção, por isso foi condenado e preso.”

O líder do Governo na Alepe, deputado Isaltino Nascimento (PSB), pediu cuidado nas referências ao governador Paulo Câmara. “Alberto Feitosa já foi secretário estadual e municipal em gestões do PSB. Agora fez a opção por ser bolsonarista, mas é preciso deixar claro que este Governo Federal persegue os gestores de oposição”, apontou.

Por fim, José Queiroz (PDT) reforçou a defesa das administrações petistas. “Lula fez acontecer essa obra grandiosa, que não daria pra ser construída em uma ou duas gestões. Ele viabilizou e alcançou etapas importantíssimas.”