CPI da Violência insiste para ouvir testemunha

Em 18/09/2001 - 00:09
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CPI da Violência insiste para ouvir testemunha A Procuradoria da Assembléia Legislativa protocolou ofício ontem ao juiz auditor da Justiça Militar, Adjar Francisco de Assis Júnior, solicitando reconsideração da decisão que proibiu o depoimento do tenente Claudino, como testemunha, à CPI da Violência. O assunto foi abordado na tribuna da AL pelo presidente da Comissão, deputado Pedro Eurico (PSDB). O depoimento do tenente Claudino foi solicitado como testemunha pela CPI da Violência. De acordo com Pedro Eurico (PSDB), em nenhum momento o PM foi acusado de crimes, embora responda a processo pelo homicídio de um menor, em Camaragibe, e tenha se envolvido num tiroteio em um posto da Avenida Caxangá. “A decisão do juiz auditor militar foi arbitrária e tenta reduzir os poderes constitucionais dessa Casa”, acusou Pedro Eurico, solicitando providências da Presidência da AL no sentido de firmar posição em defesa do Poder Legislativo. O presidente Romário Dias, por sinal, garantiu que todos os esforços serão realizados nesse sentido.

Segundo Eurico, o juiz auditor militar entendeu que o tenente não deveria depor na CPI porque não havia culpa formada. “Alegou que o comparecimento poderia expor a instituição da corporação militar. Ora, o juiz, que é de carreira, não poderia fazer esse julgamento, até porque vários soldados e oficiais da PM já deram depoimentos à CPI na condição de testemunhas”, afirmou Eurico.Até o fechamento dessa edição, o juiz auditor da Justiça Militar não havia respondido ao ofício. O depoimento do tenente Claudino está marcado para hoje, a partir das 9 horas, na CPI da Violência. (Ana Lúcia Lins)