Fim da greve da Polícia repercute entre líderes

Em 01/11/2000 - 00:11
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Fim da greve da Polícia repercute entre líderes O processo de negociação que culminou com o fim da greve dos policiais militares, após 12 dias de paralisação, foi o mote de pronunciamentos ontem dos líderes do Governo, Romário Dias (PFL), e do PSB, Pedro Eurico. Enquanto o primeiro ressaltou a postura do Governo do Estado, “que aguardou o retorno da categoria aos quartéis para negociar”, o segundo parabenizou o Legislativo pela intermediação do acordo.

“Quero agradecer a presteza do presidente José Marcos (PFL), que almoçou com uma comissão de deputados desta Casa e colaborou para a resolução do impasse”, assinalou Pedro Eurico, narrando a ação da comissão de parlamentares durante todo o dia de segunda-feira. “O governador, num gesto de elegância, fugindo à agenda, nos recebeu juntamente com secretários para buscar mecanismos para encerrar a greve, contando, inclusive, com a participação de representantes da sociedade civil”, afirmou o líder socialista.

Ao ressaltar que o Poder Legislativo estimulou o entendimento, Pedro Eurico observou que “esta Casa não se amesquinha. Estará presente sempre que convocada para ajudar as forças político-econômicas”. A greve dos policiais militares, segundo ele, terminou “de forma elevada, sem vencedores nem vencidos”.

Retorno – O líder do governo, deputado Romário Dias (PFL), expressou ontem sua satisfação com o retorno dos policiais militares ao trabalho e o fim da greve que durou 12 dias. “Com o restabelecimento da hierarquia nos quartéis, o governo vai retomar as negociações, como se comprometeu o governador Jarbas Vasconcelos”, garantiu Romário. De acordo com o deputado, o governador recebeu o grupo de parlamentares – “e não uma comissão, já que não foi criada por ato do Poder Legislativo – e encaminhou a solução para o impasse.

“Ficou muito bom e ficou caracterizado que o partido que fez a greve foi lá e pediu o fim da mesma”, alfinetou o líder do governo, referindo-se ao PT.

Romário Dias destacou o retorno do Estado ao ambiente de harmonia, “onde reina a paz”. “Já estive com Jarbas hoje (ontem), junto com outros deputados, e ele assegurou que vai analisar caso a caso para definir as punições e garantiu os termos do acordo que confirma o soldo de R$ 130,00, a partir de 2001”, concluiu, Romário. (Ana Lúcia Lins/Pedro Marins)