Para Petista, institutos de pesquisa têm “resultados encomendados”

Em 04/10/2000 - 00:10
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Para Petista, institutos de pesquisa têm “resultados encomendados” O deputado Paulo Rubem Santiago (PT) criticou ontem a postura de três institutos de pesquisas eleitorais que, na avaliação dele, tentaram induzir os eleitores com “resultados encomendados”, prejudicando somente os candidatos do PT nas eleições de domingo passado. “Quero manifestar o mais profundo protesto e indignação pela indecência destes institutos que pretenderam rebaixar nossos candidatos em patamares que inviabilizavam a mobilização popular”, afirmou o deputado.

“Estamos aqui para desmoralizar a Arconsult, Brasmarket e Vox Populi, que sempre colocaram minha candidatura em quarto lugar, com no máximo 4%”, reagiu indignado o deputado, que teve 10% dos votos na disputa pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. “Trata-se de institutos indecentes, que servem à máfia das pesquisas, usando a força do dinheiro para ganhar eleição. Isto merecia uma CPI federal”, completou.

Para Paulo Rubem, a Bramarket, poderia ser chamada de “Brasmáfia”, por ter indicado que o prefeito candidato, Fernando Rodovalho (PSC), teria 47% dos votos em Jaboatão, quando no resultado oficial ficou com 38,5%. O petista festejou os resultados conseguidos no Recife, com a ida do deputado João Paulo (PT) para o segundo turno, e em Olinda, com a deputada Luciana Santos (PC do B), também na disputa final. “No Recife também, foi cometido outro crime: indicaram que João Paulo teria no máximo 26% dos votos e ele recebeu 35,6%”, afirmou Paulo Rubem”.

Experiência – O deputado criticou ainda o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) por ter afirmado que João Paulo não tem experiência administrativa para governar o Recife. “É motivo de orgulho o fato de João Paulo ter começado sua carreira como sindicalista, enquanto Roberto Magalhães (PFL) estava bajulando os militares na ditadura”, rebateu o parlamentar. Ele acusou Magalhães de ter gastado R$ 17 milhões em propaganda e não ter construído duas mil casas. “É um governo falido, que vai ser derrotado nas urnas”, previu Paulo Rubem. (P M)