Opositores adulteraram decisão do TSE, diz Lapa O deputado Carlos Lapa (PSB) denunciou ontem seus adversários políticos em Carpina, Tracunhaém e Lagoa do Carro. Embora vitorioso nos dois primeiros municípios, o parlamentar afirmou que seu grupo político teve “prejuízo com os crimes eleitorais cometidos pelos derrotados”. Segundo ele, os opositores adulteraram uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e fizeram manifestações fora do período permitido pela lei. Em Lagoa do Carro, ele afirmou que os partidários do candidato vitorioso, com o apoio do deputado Sérgio Guerra (PSDB), partiram para a agressão contra a família de seu candidato, Tota Barreto.
Segundo Barreto, policiais da PMPE e correligionários do prefeito eleito Manoel Botafogo promoveram anteontem “atos de vandalismo e agressões contra diversas pessoas”, entre elas a sua filha, Gabriela Barreto, deixando-a hospitalizada.
“Foi uma ação criminosa da PM, que estava a mando do governador”, afirmou Carlos Lapa.
Em Carpina, segundo Lapa, no último sábado, os candidatos de oposição, Dinho Soares e capitão PM Pires, adulteraram decisão do TSE para acusar seu irmão, Joaquim Lapa (que foi reeleito), de estar inelegível O TSE atestou que ele estava elegível por cinco anos. Ainda de acordo com o deputado, os opositores fizeram carreata no dia 30, distribuindo panfletos com a adulteração, mais uma vez contrariando a lei. “O juiz que presidiu o pleito (José Anchieta da Silva) se negou a nos dar direito de resposta”, acusou, afirmando que entrará com uma ação protestando no TSE.
A mesma estratégia, disse o deputado, foi usada pela oposição em Tracunhaém, onde sua esposa, Graça Lapa, também foi alvejada pelos candidatos Laércio e Carlos Dantas, “que fizeram passeata no sábado dizendo nas ruas que ela estava inelegível”. Apesar da investida, ela foi eleita prefeita da cidade. “Mesmo com a vitória, tivemos prejuízo político-eleitoral com esses lamentáveis fatos.
Queremos que seja feita justiça contra esses agressores”, assinalou.
Críticas Carlos Lapa também fez críticas à postura do procurador geral de Justiça, Romero Andrade, no pleito municipal da Mata Norte. “Parece até que nós voltamos aos tempos da ditadura”, desabafou, criticando também o posicionamento do governador. “É hora de se tirar a máscara: o governo do Estado tem uma teoria diferente da prática”, criticou.
Apesar de ter imunidade parlamentar, Lapa preocupa-se com “possíveis retaliações”. “Tenho todo o respeito pela instituição Ministério Público e seus integrantes. Mas não sei o que será do meu pessoal diante da posição política do procurador”, afirmou, lembrando que Andrade é sobrinho de secretário Edgar Moury Fernandes, “motivo pelo qual foi escolhido para o cargo”. (Ana Lúcia Lins)