Queiroz cobra fim do racionamento O deputado José Queiroz (PDT) criticou ontem, na Assembléia Legislativa, o racionamento que a Compesa está impondo na cidade de Caruaru, medida que admitiu ser indício de “boicote com fins eleitorais”. “O sistema do Prata acumula 43 milhões de metros cúbicos de água, outras barragens 11 milhões, e não há justificativa para a água não chegar às torneiras da cidade”, atacou.
José Queiroz esclareceu que a Compesa justifica a medida sob pretexto de problemas no sistema adutor, dados técnicos que, segundo ele, não convencem.
Ele reclamou providências do Governo do Estado. Adiantou que não se admite, não se pode concordar que com tanta água acumulada a população seja submetida a um racionamento.
O deputado Jorge Gomes (PSB), em aparte, afirmou que o sistema Prata tem condições de abastecer a cidade. “É inexplicável o racionamento. Os argumentos são falhos, sendo possível que haja interesse eleitoral na questão”. João Paulo (PT) também condenou a medida, que considerou uma ação política “mesquinha e indício de crime eleitoral”.
Para o deputado Pedro Eurico (PSB), o governador Jarbas Vasconcelos faz questão de impedir o uso da máquina com fins eleitorais. Nesse aspecto, o parlamentar também cobrou medidas do Governo Estadual para que a Compesa restabeleça o abastecimento dágua em Caruaru.
Por fim, José Queiroz ressaltou que o prefeito da cidade, João Lyra Neto, enviou documento ao governador do Estado pedindo providências urgentes. “Espero que elas sejam adotadas rapidamente, pois há indignação em Caruaru, cuja população não concebe que, mesmo havendo água em abundância nas barragens, falte o líquido nas torneiras”, completou. (Nagib Jorge Neto)