Comissão pediu a prisão de vereador alagoano e prendeu acusado de crime em Ipojuca A CPI do Narcotráfico e da Pistolagem determinou no início da noite de ontem, em Ipojuca, a prisão do presidente da Câmara Municipal de Paripueira (AL), vereador José Alves da Silva, conhecido como Uê, por tentativa de homicídio contra o radialista Gonça Gonçalves, de Maceió. A solicitação do Ministério Público de Alagoas chegou à CPI e terminou não podendo ser mantida porque o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Orlando Monteiro Cavalcante Manso, tinha concedido neste período de recesso uma liminar a um pedido de habeas corpus feito pelo advogado do vereador.
A informação da liminar ainda desconhecida pelo MP alagoano causou indignação da CPI diante das evidências que pesam contra José Alves. Na ação contra o radialista, José Alves foi condenado pelo TJAL e a Câmara Criminal daquela corte confirmou a decisão negando recurso da defesa. O vereador responde também por dois homicídios qualificados ocorridos em Jaboatão dos Guararapes, foi absolvido em um dos processos e a CPI solicitou à Justiça sua prisão pelo envolvimento no segundo crime. “Esperamos que a decretação da prisão do vereador seja feita pela Justiça de Alagoas ou de Jaboatão, pois a impunidade não pode continuar”, afirmou o presidente da CPI, deputado Pedro Eurico (PSB).
A justificativa da CPI para pedir a prisão do vereador é baseada no risco à garantia da ordem pública, no desrespeito às instituições e na comoção social que o crime causou. A CPI recebeu informações de que um filho do presidente do TJAL é candidato a prefeito de Paripueira e recebe apoio político de José Alves. O município do litoral alagoano tem somente seis moradores a mais do que o número de eleitores, o que deixa sob suspeita o processo eleitoral.
Prisão – A CPI autou por porte ilegal de armas Moabe Vieira Dias (Binha), apontado como motorista da D-20 que levou os homens na invasão do Posto Policial de Porto de Galinhas (ver matéria abaixo). Binha tinha ameaçado os policiais quando foi intimado para depor e ontem portava uma espingarda calibre 12 sem registro.(Pedro Marins)