Deputados ouvem acusados do assassinato de ex-prefeito A CPI do Narcotráfico ouviu ontem três depoimentos. No primeiro, em caráter reservado, os deputados ouviram um homem encapuzado, que se ofereceu para colaborar com a CPI. Segundo informações reservadas, ele trouxe informações sobre a rota de tráfico de cocaína Recife/África do Sul. Em seguida, foi a vez de Clodoaldo Alves sobrinho e do irmão dele, Márcio Alves. Eles estão presos no Aníbal Bruno, sob a acusação de terem assassinado o ex-prefeito de floresta, Oscar Ferraz, há um ano.

Os dois negaram qualquer participação no homicídio e acusaram um foragido de Belém de Maria, apelidado de “Nêgo Veras”, além de um menor, que está detido.

Eles também disseram que o crime teria sido encomendado por Sandra, viúva de Vital Novais, como conseqüência da guerra entre famílias no Sertão.

Logo depois do crime, eles se mudaram para Juazeiro (BA), o que reforçou as suspeitas da polícia. Mas os irmãos não convenceram a CPI. O deputado Antônio Moraes (PSDB) disse que a viúva do prefeito estava presente quando o marido foi assassinado, reconhecendo Márcio como o autor dos disparos. O deputado disse que outro indício da participação dos acusados é a intensa comunicação entre eles logo após o crime, constatada com a quebra do sigilo telefônico. (Natália Câmara)