Cassação repercute entre deputados Encerrada a sessão, os parlamentares saíram do Plenário avaliando que não houve vencidos. Os deputados João Braga (relator do processo de cassação na Comissão de Justiça) e João Paulo (PT) admitiram que o processo provocou desgaste para a Casa, mas lembraram, ao mesmo tempo, que o Legislativo demonstrou “sintonia com os anseios da sociedade”.

Braga destacou que não existe nenhuma divergência pessoal dele com Eudo ou sua família e pediu compreensão. “Cumpri uma missão que me foi atribuída por via de sorteio. Como fui eu poderia ser qualquer outro colega”, afirmou.

O líder do governo, deputado Romário Dias (PFL), também considerou que houve desgaste. “Esta situação em nada enaltece o Legislativo. O ideal era que nada disso tivesse ocorrido e todos estivessem unidos trabalhando por Pernambuco”, afirmou. André Campos (PTB) também tem a mesma opinião. “Se equivoca quem imagina que a decisão pela cassação vai ajudar a melhorar a imagem do Legislativo”, disse.

A deputada Malba Lucena (PPB) foi a única que fez questão de revelar seu voto em Plenário, posicionando-se contra a cassação. “Quando não existem provas, nós temos medo de errar duas vezes. É como botar a forca em alguém, e eu não tenho vocação para ser carrasco de ninguém”, justificou, defendendo que o julgamento fosse feito pelo povo, “já que o deputado foi eleito pelo voto direto”. (Pedro Marins)