Vigilância Sanitária mostra deficiências O presidente da Vigilância Sanitária, Jaime Brito, esteve ontem na CPI dos Medicamentos. Ele expôs aos parlamentares toda a estrutura de funcionamento do órgão e apontou suas “grandes deficiências materiais e também de recursos humanos”.
Brito revelou que o mais alto salário é pago aos médicos, que recebem apenas R$ 523 por mês. Já o servidor de nível médio, ganha R$ 170. Ele informou ainda que nas atividades de inspeção e fiscalização, o órgão tem trabalhado de forma limitada, principalmente pela carência no quadro de servidores, que é de 175 funcionários para atuar em todo o Estado.
Quanto aos problemas encontrados no setor de medicamentos, Jaime Brito relatou as grandes irregularidades que ocorrem na distribuição. Ele destacou que distribuidoras sem licença têm vendido remédios até para hospitais. Os parlamentares da CPI ficaram surpresos com os problemas que a Vigilância enfrenta.
Segundo o vice-presidente da Comissão, Garibaldi Gurgel (PMDB), é preciso pressionar o Governo para que invista mais no órgão. O parlamentar afirmou que é impossível ter uma boa inspeção sanitária com problemas tão graves. Para Gurgel, o bom funcionamento do órgão é fundamental para garantir a boa fiscalização no setor de medicamentos. (Verônica Barros)