CPI ouve capitão Lino Ex-diretor do Aníbal Bruno negou facilitação nas fugas de detentos A CPI do Narcotráfico e da Pistolagem ouviu, ontem pela manhã, o depoimento do ex-diretor do Presídio Aníbal Bruno, capitão Carlos Alberto Lino, acusado de omissão e conivência diante de privilégios para certos presos. O nome do capitão Lino foi citado pelo presidiário Elgo Jobel Guerreiro, em seu depoimento, na semana passada. O ex-diretor negou todas as acusações.
Ao final do depoimento, o presidente da CPI, deputado Pedro Eurico (PSB), anunciou que os resultados das informações serão repassados à Comissão de Sindicância instituída pelo Governo do Estado para apurar as responsabilidades administrativas de servidores públicos estaduais.
O capitão Carlos Alberto Lino, com 20 anos de policial militar, reconheceu-se “incompetente” para detectar a forma como as drogas entram no Presídio Aníbal Bruno.
“Ouvi dizer que é pelo muro. Mas pela porta de entrada é impossível”, garantiu, negando que tivesse oferecido, no período de fevereiro a agosto de 1999 (quando esteve na função de diretor), qualquer tipo de privilégio a detentos.
“Procurei fazer uma administração voltada à ressocialização dos presos, através de trabalhos de lazer e religiosos. Reprimimos a entrada de tóxicos e, durante nossa administração, só houve uma fuga”, informou. Diante da constatação de diversas saídas de presos durante o dia por razões médicas, o ex-diretor assegurou que todas as autorizações foram emitidas dentro dos preceitos da lei.
“Nunca fui omisso nem dei privilégio a ninguém”, reagiu capitão Lino, ao ser questionado por diversos deputados, com base no que foi identificado através de denúncias e outros depoimentos. (Ana Lúcia Lins)