Lapa explica voto e diz que não aceita pressão Odeputado Carlos Lapa (PSB) esclareceu ontem, na Assembléia Legislativa, sua decisão de votar contra o fim das subvenções, pois não aceitava assinar uma sentença de culpa, sob pressão da mídia, e tampouco a humilhação do Poder Legislativo, que tem defeitos, acertos, mas vem sendo vítima de uma campanha de desmoralização.
Carlos Lapa reconheceu a importância do trabalho dos jornalistas, dos que recebem ordens e cumprem suas tarefas, mas lembrou que os órgãos de comunicação agem sob o ânimo de atingir o poder, que é frágil, desarmado, e assim veiculam apenas aquilo que a opinião pública pode julgar errado, vergonhoso, negando-se a registrar os aspectos positivos.
Carlos Lapa também questionou a ação do Ministério Público, que prega moralidade, mas descumpre a lei, recebe vencimentos além do que ela determina, adiantando que há muita coisa errada, hipocrisia. Nesse aspecto, adiantou que a campanha contra o Legislativo é um desserviço ao Estado e ao regime democrático.
O Deputado Pedro Eurico, em aparte, defendeu o Ministério Público, seu papel de receber denúncias e apurar os fatos, sem que isso seja indicador de um julgamento, de uma condenação, até porque há o direito de defesa e o julgamento em outras instâncias. Assegurou que o fim das subvenções, no atual momento, é uma forma de rever a questão e também livrar o poder de uma situação de suspeita, independente do mérito da questão.
Carlos Lapa assegurou então que não tinha porque contemporizar, até porque não estava chorando por leite derramado, mas questionando a campanha, a forma de enfocar a questão, e sentindo-se no dever de ressaltar que eram instrumentos de programas sociais. Ele lembrou que no seu Município, com as subvenções, vem sendo desenvolvidas ações nas áreas de educação, saúde, alimentação, que serão prejudicados com o fim do benefício. (Nagib Jorge Neto)